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Casarão Mont’Alverne.jpg

Foto: Rodrigo Sousa (2017)


            Localizado na Rua Dr. João do Monte, 616, esquina com a Rua Deolindo Barreto. Foi presente do Coronel Alexandre Soares, tio e pai adotivo de Marphisa Mont’Alverne. A construção durou dois anos e contou com o trabalho de 42 operários. Residência do segundo decênio do século XX, registra o uso de porão alto, fachada rica em adornos de influências ecléticas, principalmente na porção voltada para a Rua João do Monte.  Comunica harmoniosamente com o espaço urbano destacando-se na paisagem por sua imponência arquitetônica, jardim lateral e oitão.
            O casal se viu pela primeira vez na Estação da Estrada de Ferro de Sobral, quando Marphisa, então com 12 anos, chegou a Sobral. Segundo os relatos, foi amor à primeira vista. Ao todo, o casal teve 15 filhos.
             A solene festa de inauguração do solar ocorreu na manhã de domingo, 04 de agosto de 1918.  Os donos, Antônio e Marphisa, chegaram por volta das 10 horas, com os filhos em cortejo. Ruth, a 8ª, caçula na época, tinha somente três meses e entrou nos braços da mãe. A solenidade iniciou com a bênção das dependências da casa por Dom José Tupinambá da Frota, acompanhado dos padres Antônio Lira Pessoa de Maria e Fortunato Alves Linhares. O Hino Nacional foi executado pela banda de música Euterpe Sobralense, sob queima de fogos. Em seguida, os anfitriões levaram os convidados até a mesa de refeição repleta de doces e salgados, além de vinhos italianos. Em seguida, alguns oradores discursaram.
            Dona Rute, hoje, centenária, ainda reside neste solar que guarda relíquias e memórias de uma das famílias sobralenses mais tradicionais.  Não só a fachada e a estrutura estão preservadas, mas também as mobílias, as telas de pintura, as gravuras francesas e as imagens no santuário.
            Antônio faleceu em 06 de novembro de 1926.  Marphisa expirou em 04 de maio de 1973. 
            Visitar o local, conhecido como Mosteiro de Marphisa Mont’Alverne, é fazer uma viagem no tempo. Alguns desavisados, benzem-se ao passar pelo local, pensando tratar-se de uma congregação religiosa.
 

Fontes:

BRAGA, Tiago. A rica história do Mosteiro de Marphisa Mont’Alverne. O POVO. 05/01/2017. Disponível em:

<https://www20.opovo.com.br/app/revistas/cultura/2017/01/05/notrcultura,3677847/a-rica-historia-do-mosteiro-de-marphisa-mont-u2019alverne.shtml>    Acesso em: 27/07/18


FROTA, Francisco Marialva Mont’Alverne. A Senhora do Mosteiro. Academia Cearense de Letras. Disponível em

<www.academiacearensedeletras.org.br/revista/revistas/1993_94/ACL_1993_1994_11_A_Senhora_do_Mosteiro_Francisco_Marialva_Mont_Alverne_Frota.pdf >   Acesso em: 27/07/18

Casarão Mont’Alverne

2019. PatriSol

 

Pesquisadora Mirtes Barbosa

Criado por José Wellington

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